Hospital Bom Jesus adere campanha do Setembro Amarelo e desenvolve ações contra o suicídio

Hospital Bom Jesus adere campanha do Setembro Amarelo e desenvolve ações contra o suicídio

Com materiais distribuídos em vários setores da entidade  a ação quer alertar para as principais causas que levam a cometer o ato

SETEMBRO AMARELO

O comportamento suicida já é considerado  problema de Saúde Pública, dado aos índices de ocorrência cada vez mais crescentes. Por conta disso, com o intuito de tentar contribuir para que essas ocorrências diminuam o Hospital Bom Jesus aderiu ao movimento Setembro Amarelo e durante todo o mês alertas sobre o assunto serão feitos na instituição.

Nessa semana os funcionários da entidade receberam o “laço amarelo” que representa o símbolo da campanha de combate ao suicídio, materiais educativos foram distribuídos em todos os setores abrangendo pacientes e visitantes, informações sobre o tema foram repassadas por meio de email na rede de contato interna para os colaboradores e nas televisões da recepção central e no Pronto Socorro, vídeos informativos estão tratando sobre o assunto.

As ações serão realizadas durante todo o mês e no dia 27 de setembro, uma palestra será realizada tratando sobre o tema suicídio. O assunto será abordado pela psicóloga Kátia Gonçalves dos Santos. O encontro vai ocorrer as 19h no Salão da Amizade, aberto a participação de todos os colaboradores da unidade hospitalar.

De acordo com a psicóloga Eliane Althoff, os fatores estressores psicossociais são determinantes para um comportamento suicida. “Situação de conflito interpessoal, no ambiente de trabalho, transições, perdas, dificuldades de relacionamento e suporte social são fatores comuns e geradores de estresse, que podem desencadear os quadros depressivos e depende da intensidade da patologia ao ato suicida”, explica.

A psicóloga acrescenta que a melhor maneira de prevenir é ficar atento aos sintomas como isolamento social, perda de interesse pela vida, baixa auto-estima, desesperança e outros sintomas característicos de depressão. “Alem disso não podemos deixar de mencionar a família como peça fundamental na observação de mudança de comportamento dessa pessoa e incentivo a busca de ajuda profissional especializados para o devido tratamento”, comenta Eliane

A cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida. Em média, 11 mil pessoas cometem suicídio a cada ano no país. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam um  índice de 15 a 25% das pessoas que tentam o suicídio, serão reincidentes no ano seguinte, assim como dentre as pessoas que tentam suicídio, 10% conseguirão êxito nos próximos dez anos.

Apesar dos números serem alarmantes, Eliane Althoff  explica que coletar dados sobre o suicídio ainda é um desafio. “Muitas vezes as famílias omitem o real motivo da morte, ou então tais informações tornam-se sigilosas, pois se acredita que a divulgação aberta dessas informações possa influenciar outras pessoas a cometerem um ato suicida”, finaliza.

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